"Uma mosca efêmera nasce às nove horas da manhã nos dias longos do verão, para morrer às cinco horas da tarde; como compreenderia a palavra noite? Deem-lhe cinco horas mais de existência, ela verá e compreenderá o que é a noite."
(Stendhal in O Vermelho e o Negro)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Resposta ao Tempo







Resposta ao Tempo 
(Nana Caymmi)
 
Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei

Um dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei

E gira em volta de mim, sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos

Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer






<iframe width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/BLs16sjWdCc" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>





Nenhum comentário:

Postar um comentário